NOTAS: | Edição promovida pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República no âmbito do Programa das Comemorações do Centenário da República “As armas com que os civis se armaram em Lisboa, aquando da Revolução de 5 de Outubro de 1910 – se não a totalidade, pelo menos boa quantidade – foram desembarcadas na costa de Furadouro, tendo estado envolvidos na operação António Valente de Almeida, Manuel Gomes Pinto, Manuel Augusto Nunes Branco e André Avelino Teixeira de Castro (guarda-fiscal)” (Alberto Sousa Lamy, Monografia de Ovar, Vol.II, pg.383). Quando chegaram a Aveiro os rumores da Revolução de 5 de Outubro, em Lisboa, “o berço da liberdade – assim se referia a cidade de Aveiro – não se manifestou, não veio à rua de armas na mão, em defesa ou das velhas instituições ou da causa da República.” (O Campeão das Províncias, nº 6001, de 8-10-1910). Este jornal, em atitude de prudente expectativa, justificava: “Aveiro, que não decidiria do triunfo, assistiu serena até ao fim, ao desenrolar do sangrento combate, ávida de notícias que ainda hoje se não conhecem desde o início em todos os seus pormenores.” (...) “Assim, desde as primeiras horas, desde o primeiro momento, se procurava obter informações que nem o telégrafo nem os jornais, nem mesmo os passageiros dos comboios que, provindos do sul, tocam na estação dos caminhos de ferro da cidade, conseguiram trazer-nos.” |